Aos cinquenta anos me encontro,
Estou num ponto de loucura,
Nas desventuras vividas, em minha vida sofrida,
No amargo de palavras que digo,
Na busca de um amigo sincero.
Quero dizer, que no subconsciente tem uma criança,
Com esperanças de ser feliz.
Mas, a cicatriz d'alma me faz imatura.
Faço loucura,
Me dirijo ao eu e ao ego,
Não nego potencial,
Mas afinal, o quem sou eu?
Me olho no espelho, e vejo alguém em busca de si,
Alguém desde pequena pronta para partir.
Mas, Deus, me quis aqui,
E, eu a muitos venho feri.
Sou melindrosa sim.
Mas, também a esponja que tudo absorve,
Sem ninguém para me conduzir.
Se firo com palavras, também aprendi e ensino.
Meus filhos também me ferem...
E, a vida me julga demais.
Só queria paz.
Sou imatura a ponto de loucuras insanas,
Mas a realidade me conduz por ideais,
E, então, busco a paz em meu Deus dentro de mim.
Queria apenas amigos,
Mas não os tenho...
Perdi com o tempo,
Pessoas que compartilhei no mesmo prato,
Hoje nem mais a família, familiares,...
Todos me rejeitam.
Talvez por que aprendi palavras amargas demais.
Carinho, talvez tive de alguns pupilos,
Que o tempo também levou.
Busco o amor que perdi há muito tempo,
Estou dentro de me casulo,
E eu peço ajuda.
Mas, o mundo embriagado com o próprio umbigo,
Não veja meu coração tão partido,
Tão sofredor.
Só queria amor...
Amigos sinceros, amigos verdadeiros.
Quem sabe a loucura de um grande
E inesperado amor.
Só apesar do mundo que vivo muito só.
Se tenho glamour em alguns momentos,
Como aqueles que apareci na Revista Caras,
Foi por conquista, foi por lutar muito,
Foi por alguém literata melhor que eu,
Acreditar em mim.
Hoje enfim, a imaturidade aos cinquenta,
Culpar a idade, a menopausa, a fantasia,
A menina de quatorze anos que tenho em mente.
Não sei.
Sou o avesso do tempo,
Sou parecida com seu Francisco,
A quem muito neguei.
Sou um crepúsculo que se isola do mundo.
Sou apenas uma lagarta pretes a voar.
À Adélia B Henriques pela passagem de aniversário, a Selma Cristina, ex-diretora, a Rita de Cássia Rodrigues Roque, aos meus filhos, e esposo, e aqueles que acreditaram em mim como escritora.
São Paulo, 8/7/2017. 11:55h.
Ouvindo: Músicas do passado
Teka Mendes Castro
Enviado por Teka Mendes Castro em 08/07/2017
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