Razões que desconheço
Ninguém nota o meu apreço.
Meu sonho ilusório se foi nas águas do ribeirão.
O tempo passou, e eu não cresci.
Morri muitas vezes,
Sucumbi aos meus segredos.
Tive medos e ainda tenho.
O mundo me desconhece.
Esquece de meu ser.
Sou apenas parte da vida,
Um mero aprender.
Resolvi que tinha tanto a seguir,
Mas destroi meus ideais e algo fútil.
Banalidades, e o tempo não me faz esquecer certas coisas...
O mundo sombrio em que vivo.
Amigos??? Quais???? Todos se foram!
E, atualmente se resume as lembranças.
Coisas de uma criança ainda sonhadora.
Que venceu a morte várias vezes,
Numa embriaguez que se resume a um primeiro namorado...
O tempo me fez esquecer,
Mas as lembranças se espalham em esperanças,
E, do nada retorna a mente.
Uma semente amaldiçoada.
Uma criança mimada.
Uma mulher infeliz.
Cicatriz guardada no peito,
A perfeição não deixa errar direito.
E, hoje me embriago em um amargo pesadelo.
Um elo que não me separa do passado.
Um subconsciente que assume uma menina mimada,
Que requer atenção.
A mulher de meio século, se deixa vagar por aí,
E, desiludida, tenta sucumbir mais uma vez a vida.
Uma tristeza profana,
Uma alma perdida, mas humana.
Um Sol que brilha no âmago do amor maior.
Uma busca de criança que se rebeldia em sua poesia,
Desencanta a beleza,
E se perde nos fios embranhados da teia de aranha.
Se acorvada, mas ao mesmo tempo, pede socorro.
Logo, logo se esvaira em agonia e a poesia se perde.
Teka Mendes Castro
Enviado por Teka Mendes Castro em 11/06/2017