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A alquimia da vida presentes em meus atos.
"Deus tudo perdoa, o homem pode até perdoar. Mas, a mãe Natureza, jamais perdoará o que fizermos."
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Poesias, assim como crianças são dádivas de Deus.
Gabriel, meu anjo
Há nove anos você se foi.
Me pergunto muitas vezes, querido, se não fui eu que te matei.
A dor de perdê-lo persisti, insisti em mim.
Sombras, que acabo trazendo no meu dia a dia, enfim.
A saudade é tanta, espanta a alegria e o prazer de viver.
Sou uma mãe incompleta, pois te perdi, assim, como nasceu  
prematuramente, você se foi.Levou parte de mim.
Levou minha arte, e o desejo de viver.
Hoje sobrevivo entre as dores de um passado,
Dentro de casa, na minha profissão(que antes amava tanto) e hoje se torna algo vazio, frio, como naquele caixãozinho branco que você estava.
com o corpinho inerte, mas com a alma tão límpida, que minha saída foi agradecer.
Mas, hoje sei o que você faz falta, sei que tenho seus irmãos, mas meu coração congelou depois que te perdi.
Como posso me perdoar?
Se ajudei a te matar, levando-o para aquele, cateterismo???
Ah. Saudade e dor que me matam aos poucos, talvez, por isso, tenha uma bilateralidade doença nova, transtorno d'alma.
A dor me consome na primeira dezena de novembro, lembro sua ida, seu retorno a casa do PAI, mas você me levou um pedaço.
Ah. Como queria seu abraço, teu jeito faceiro, menino carinhoso, e meu dengo.
Sua irmã gêmea, está hiper bem, ao olhar para ela, lembro de ti,
sei que a cada dia estou a me ferir, e que nesse momento que escrevo, as lágrimas escorrem em meu rosto.
Sinto tanto desgosto de mim, que a cada dia, até mesmo o fazer poesia é sacrificante,
Como posso ser eu mesma, após a dor de perder um filho que era tão querido e esperado???
Ah. Dor que invade minha alma, me faz sentir perdida, sem vida sem tudo.
O mundo está transformado, mas eu me sinto só, pois me falta algo, seu calor!!!
Filho, mesmo fazendo terapia, poesia, sabendo as Palavras de Deus, não sei me perdoar, por favor, me ensina, pois quero melhorar e cuidar de teus irmãos.
Te amo e muito, fica aqui registrado, meu amor, minha dor e a ausência de teu físico, mas teu espírito está aqui bem pertinho.
A ti, meu Gabriel, meu carinho.Mamãe.


Ofereço em memória a Gabriel Gonçalves Mendes Castro(29/12/1998 -05/11/2001) e a todas as pessoas que o conheceram.
Teka Mendes Castro
Enviado por Teka Mendes Castro em 30/10/2010
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