Não sei o que dizer,

O que fazer, 

Quando me dissestes que eras bi.

Não sei bem o que aprendi.

Mas, a aceitação me mantém em conflito.

Grito no silencioso do meu ser, filha, amo você!

O tempo é um grande médico,

Um grande professor,

E, nós em nossas diferenças,

Temos nossas crenças.

Acredito eu que lá no fundo, nenhuma mãe, realmente aceita,

Mas, também não rejeita, por fazer parte de si mesma.

Ainda mais você que é minha cópia perfeita,

Só nasceu 10 dias antes do marcado.

Minha quase canceriana.

Minha doce Luz, minha Anna.

Sofro, mas entendo.

Não compreendo esse mundo doido,

Mas, estamos aqui por um propósito de Nosso Criador,

E, com amor, temos que nos respeitar.

Você, me pegou de surpresa, 

Minha Natureza é raiz. 

Talvez, foi o que aprendi a ser.

Mas, filha nunca vou rejeitar você.

Tenho medo.

Você sabe que ainda não me recuperei do luto da vovó, Imagina,

Minha menina, minha caçula, minha bebê.

Eu quero entender, 

Mas, sabemos que cada uma tem lá suas convicçoes, 

Minhas emoções, transmito no olhar,

Podem me chamar de homofóbica sim.

Deus criou o Homem e da costela do mesmo criou a mulher,

Sei que sou espiritualista,

Mas, ainda estou com muita dificuldade em aceitar.

Sei, filha, que tua inteligência te fará entender.

Sou emotiva, estou a escrever e as lágrimas nos olhos, me fazem chorar.

Te amo, você é uma incrível ser humano.

Deus te abençoe onde fores,

Te ilumine na escuridão,

E, invada teu coração com sabedoria.

A ti, minha pequena, me inspirei em fazer essa poesia!