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Eu me encontro na situação de readaptada,
Por disfonia, problemas vocais.
E, vejo hoje, após tanto tempo de jornada,
Que pareço nada mais vallho.
Estou sem condições,
E, vários colegas que ainda na ativa estão,
Não sabem o que passa na cabeça e no coração,
De uma pessoa que deu a própria vida,
A saúde em prol da Educação.
Sinto não ter amigos,
Nem aqueles mais antigos,
Os novos profissionais até nos viram as costas,
É, na verdade, eu e uma outra colega sofremos esse assédio.
Claro, tem alguns que não agem assim conosco,
Mas, a maioria age.
Sem contar que nos ignoram,
Parece que nada somos.
É dificil contornar tudo isso.
Talvez por isso peça licença,
Pois, não tenho a paciência de ir mais.
Sem contar da parte burocrática que nos assédia,
Dando o parecer que temos que abaixar a cabeça para fedelhos,
Que adentram ontem na educação.
Sem contar o próprio DPME,
Que ignora atestados de psiquiatras,
Ignora o choro de uma pessoa, que sabe que a mente não está legal.
Estou cansada do mau caráter das pessoas.
Sei que não sou santa.
Mas, já fiz muito pela educação e agora eu quem pago o preço?
Ficando afastada, doente, com a mente esgotada?
No meu rol de atividades,
Está lá escrito que não posso ficar num ambiente que causa estresse,
E, mesmo assim as licenças são negadas por tais peritos da saúde do DPME.
Como pode ser isso?
Meu Cristo, dái-me paciência,
Não aguento mais tanto conflito!!!
Aos professores readaptados do Estado de São Paulo, que sofrem calados por assédio moral, dos seus pares, da gestão, de funcionários, do DPME enquanto negam licenças, do governo que ao longo dos meus 35 anos dentro da Educação Pública, da diretoria que demora a nos dá a ciência de nossa aposentadoria.
Só queremos respeito!
Teka Castro.
São Paulo, 09 03 2023.