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Onde estará agora?
A Senhora, dona Deo, faz falta.
Estou vencendo aos poucos a depressão de tua ausência.
E, ainda lembro tanto de cada experiência vivida.
A vida está retornando aos poucos.
Os filhos, tem fases, que se afastam, e os meus estão nessa fase.
E, eu estou aqui,
Tem momentos que queria ir ao teu encontro.
Será dia 8 de maio, meu primeiro dia das mães, sem sua presença física.
A dor, é algo inevitável,
Ainda me sinto presa na conexão de nosso cordão umbilical.
Não sei por que a senhora se foi!
Mas, inconscientemente, sabia de teu cansaço,
Da tua solidão, preocupação com teus 2 filhos,
E, dos 5 netos.
Sabia da tua dedicação para com teu genro e tua nora.
Agora, eu exponho tristeza,
Sinto sua presença no meu coração.
E, saiba, quero colo,
Quero que enxugue as lágrimas de meu choro.
Estou sem vida.
Faço as coisas no automático,
E, o físico e mental cansaço me dominam demais.
Quero sentir paz,
Quero sentir a senhora me dando bronca,
E também apostando na minha arte,
Mesmo que eu mais gaste, do que ganhe bens financeiros.
Mas, o prazer de escrever é até maior do que se ter dinheiro.
Sabe, Mãe, a saudade machuca demais,
Sinto falta da voz com pouco sutaque brigando com meus filhos,
Sinto falta dos teus bolos de banana.
Sinto falta de você.
Saudades, uma dor invisível, que sangra a alma.
Dona Deo, te amo.
São Paulo, 6 de maio de 2022.