Cultura da periferia
Nas madrugadas a música rola solta
Desponta a juventude
Atitudes de lazer.
Muitas vezes, sem grana,
Sem outros lugares para o prazer.
As ruas se transformam em pistas de danças,
E, na quimera da vida,
Existe a contrapartida da questão do ir e vir
Dos transeuntes da própria comunidade.
Sem contar do choque e muitas vezes mentiras para os pais,
Dançar é libertador,
Mas, tirar do outro a vida,
Os direitos de irem e virem na própria comunidade nas altas madrugadas,
O pancadão toma conta,
E desponta a dor para muitas mães,
Ora perdem suas filhas ao prazer vil,
Ora perdem filhos, quando ocorre algum episódio mais violento.
Quantas ruas de periferia, viram não só jovens da própria comunidade,
Mas nos chamados das redes sociais,
E, que muitos vão,
E, não voltam nunca mais.
A dor é algo que ninguém poderá descrever à Mãe
Que em Paraisópolis perdeu seu filho.
Que a cultura seja libertadora,
E, que haja vitórias para novos e pacíficos momentos.
A Deus peço,
E as mães, meus sinceros sentimentos.