Síntese poética da Antologia Um Jardim em Palavras - Editora Oficina do Livro.
A arte da Ikebana ( é a arte japonesa de arranjos florais, também conhecida como kado — a via das flores. Wikipédia), de criar arranjos, a realeza da beleza dos Cactos, que purificam os ambientes, e são verdadeiros exemplos de resiliência, a paciência de vermos Gérberas Eternas, tão tenras que ilustram um jardim verdadeiro, sem contar dos vários Ipês, Roxo, amarelo, rosado, que traduz luz em cada estação, forma alegria, e transforma a rosa do deserto, a mais belas das flores.
Fazer um almoço num jardim florido, entre as flores, aquele piquenique que nos acompanha desde a infância, ter amor - perfeito, simbolismo de alegria, de poesia, Ter ipês na praia, uma vida, bem mais que dezesseis.
As flores que não precisam ser colhidas, mas vistas em seu habitat, e na primavera, ao abrir a janela, ver o colorido da Vida, sentir o olfato das flores, dos aromas, da Vida.
Para não dizer que não falamos das flores, dos amores, dos dissabores, da paciência, e ver flores que embelezam a trajetória humana por todos os lados, do Girassol, que foi deixado por uma semente e embeleza ao jardim de mamãe, ver que ao longo do tempo sentimos saudades, dos jardins que já passamos, e essa geração atual, apenas no concreto, na visão tecnológica, sem vida, sem olhar a semeadura da Abelha, dos pássaros, da vida, que foi escrita por Deus, e nos acompanha todos os dias, na Giverny de um quadro de Monet, ou de Denise Ayres, ou na particularidade apenas de Vera Lauria.
Então, vejo meu jardim, que é cuidado por mamãe, 82 anos, que ama mexer com a vida, e conhece muito mais que eu, e sabiamente cultiva flores, hortaliças, e a mágica de transformar cascas e outros em adubo, sentindo algo maior, algo que saboreamos e nem agradecemos.
Como fazem os chefs de cozinha,
A moringa que traduz beleza em diversas regiões, e traduz um espaço para a vida de outras vidas, como a de pássaros, borboletas e demais seres vivos.
Querer mais que um só amor - perfeito, mas todos os amores.
E, lembrar que uma simplicidade podemos deixar não só o camarim de Leonardo maravilhoso, mas enquadrá-lo em cada canto de nosso lar, agradecendo um jardim que além de traduzir nossa essência, traduz silenciosamente nossa alma, traduzindo o Pinheirinho de Natal, o Tannenbaum, que agora em época especial, é utilizado em cada canto do Planeta, pois simboliza o amor de Deus aos homens, a data do Cristianismo, da vinda de Cristo, e com isso fazer germinar minhas ideias, e florescer num poema de agradecimento, nesse fruto intrigante que a vida nos inspira.
Mas, dói pensar que daqui alguns anos, o verde das plantas, do colorido das flores, do aroma da paz, estará em algum museu, e assim, muitas talvez nem mais se lembrarão, do que era um jardim, uma floresta, resta a gente plantar, sem degradar, sem poluir, conduzir o alimento, e saber que a vida é para ser vivida com gratidão, com amor e perfeição, e assim, levar em conta mais um jardim em palavras, onde lembro da alegria de sentirmos que Deus existe em nossas vidas.
Agradeço por participar da obra escrita, de conhecer e rever pessoas, e saber que somos capazes de sempre aprender a sorri.
Lembrando que quando pegarmos uma folha de qualquer planta para chás, banhos, tenhamos a dignidade de pedir licença pois como nós, plantas são seres vivos que nos traduzem o amor de Deus.
Escritora: Téka Castro.
São Paulo, 14 de Dezembro de 2019.
Ofereço a todos os escritores da Antologia que participei, ao Stúdio Dizioli, que se apresentará hoje no Teatro Clara Nunes, em Diadema, para os leitores, para as crianças que ainda consigam visualizar a beleza do Verde, das águas, das matas, dos animais.
Saúde a todos, Bem e Paz.
10 h e 40 min.