A alquimia da vida presentes em meus atos.
"Deus tudo perdoa, o homem pode até perdoar. Mas, a mãe Natureza, jamais perdoará o que fizermos."
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Poesias, assim como crianças são dádivas de Deus.
Estimado governador,
Que esta mal traçada carta deste trabalhador o encontre de boa saúde, gozando de bens que o alimente, bem como alimente a família.
Sou trabalhador deste grande estado brasileiro que é a máquina propulsora e geradora de empregos a tantos, mas que em termos salariais sofre com descasos e me faz sofrer meus prantos. Acordo de Sol a Sol, e vou à terra colher do plantio os frutos, que o senhor tem em sua mesa. Sou o caboclo que mal e mal se alimenta, para cuidar do gado, dos galináceos e vejo mudarem geneticamente o que Deus criou. Além, de tudo vejo matarem bezerros, cabritinhos, pintinhos, para obterem à mesa carne macia, mas imagina se os animais fizessem o mesmo com nossos filhos e filhas?!!!
Sou servidor público, do estado, trabalho na área da saúde, e vejo pessoas como eu morrerem antes de chegarem aos hospitais, vejo crianças adoecerem por que muitas doenças que já foram enradicadas retornarem com tudo. Vejo a burocracia demorada para o atendimento médico. Vejo idosos em macas degradantes, e o senhor e tantos outros, também, servidores públicos, a ocuparem leitos de clínicas e hospitais particulares com o dinheiro do povo. vejo ainda a agonizante falta de médicos e outros, nos AMAS, UPAS, postos,e dizem que está tudo beleza na saúde. Gostaria eu de exatamente saber onde?!!!
Sou servidor público, e relato que mesmo na utilização de meu uniforme, presto serviço carente a população. Morro nas Leis que fazem e ainda corro risco, tendo que defender e proteger sua vida e de seus familiares. Meu "soldo" não dá nem para minha sobrevivência,quanto mais a de meus filhos. Vivo tirando bandidos das ruas, mas falta do senhor, caro governador, investimento e re-educação para os pobres que coloco na prisão. sem contar de frágeis Leis que invertem todos os dias, e que estamos a mercês de grandes bandidos que mandam nos matar e agredir nossos familiares. Estou cansado de ver como querem que eu haja. Não é por que tenho uma arma que posso tirar a vida,mas também não posso deixar que tirem a vida de pessoas realmente de bem.
Sou servidor público e as sete horas tenho que está numa sala de aula, lecionando minha disciplina,lutei tanto, fiz meus estudos pagos muitas vezes,mestrados, doutorados, para ganhar o insuficiente. E, me cobram tanto. Querem tudo para ontem, falam em números de alfabetização, de SARESP, índices disso, daquilo,não sou número e nem faço número, faço e tento formar cidadão!
Não ganho nem para o alimento, passo longe de minha família, cuidando dos filhos dos outros e deixo os meus a Deus dará. Leciono das sete às vinte três horas, e vejo que a vida não me dá o salário suficiente para viver.
Sem contar qe muitas vezes na própria sala de aula,adoeço, muitas vezes nem consigo voltar, tenho que me readaptar e isso machuca,mas quero dizer, caro governador que o senhor não dá subsídios necessários para a educação, que é meu ganho pão. Pondo a população contra nós e desvaloriza na real a Educação, sem deixar-nos alfabetizar, mostrar os N conhecimentos científicos, como Física, Química, Biologia, Filosofia, Matemática, Artes e outros no dia a dia de nossas crianças e jovens.
Sou cidadão quero ter formação, segurança, saúde e acreditar, que o senhor irá me entender, já que somos compostos pelos mesmos átomos de carbono e que estamos no Planeta Terra para jntos uns com outros aprendermos de tudo.
Sou cidadão e quero que deixe eu aprender a pensar, pois meus pais, me dão educação,e a escola não é obrigada não. Mas é obrigada a me dar Conhecimento,me orientar no desenho das letras, na aritmética e na álgebra a descobrir o X da questão.
Agradeço muito a sua atenção.
Sou trabalhador rural, policial, médico, enfermeiro, professor,supervisor, agente de organização,sou cidadão!!!

São Paulo, 11 de agosto de 2018.



Prosa poética no formato de carta manuscrita em 11/8/18 e transcrita para hoje para esse Recanto.
SP 12/8/2018.
Teka Castro
Enviado por Teka Castro em 12/08/2018
Alterado em 15/08/2018
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