De repente o mundo gira,
E, nos tonteia.
Chateia até.
Nos isola de tudo,
Um sonho sonhado,
Um sussurrar abafado.
Um mistério de tudo.
De repente, aqui estou,
Isolada, amigos? Meu coração não conquistou.
Produzir apenas poemas,
Um ato instintível que realizo.
Preciso sair do casulo.
Mas, não posso ter ajuda.
Senão as minhas asas não crescem.
Sou de repente a pessoa que dos outros se afasta,
Maltrata a si mesmo,
E, de repente a dor se aproxima.
Uma dor que outros não veem,
Mas que está n'alma adormecida de meu poema.
Fazer a produção, construir meus ideais,
Uma pobre alma na busca da Paz.
Sou assim, um de repente qualquer,
Uma criança mimada num corpo de mulher.
Sou contudo falhas, e nas linhas do tempo,
Tudo rugiu.
E, eu fugi, fingi, e hoje desconstruída,
Acelero minha vida,
Na busca de Justiça.
E, mesmo assim, muitas vezes querendo parar,
Descer desse mundo,
E, no sombrio universo, congelar para sempre.
São Paulo, 23 de junho de 2018.
In memoriam a Dona Alzira Soares, mãe de minha amiga Rita de Cássia R. Roque.
E, aos aniversariantes do mês de junho.
Paz e bem.
Teka Castro
Teka Mendes Castro
Enviado por Teka Mendes Castro em 23/06/2018