Agora um momento de refúgio
Onde fujo de todos que me atacam sem provas
Fujo até de mim.
Solitariamente vivo em meu mundo,
Partilho talvez desilusões perenes.
Tenho n'alma algo que treme às letras.
Onde a vida é mais completa.
Sou agora um ser que tenta lutar por justiça,
Atiça em mim a voz castroalvista,
E, sei que embora estejamos no século vinte e um,
Ainda há a escrividão de sonhos, de amor,
De mulheres, crianças, e povos.
Choro com a questão de muitos se matarem, enquanto governantes sentam-se à mesa comendo o mesmo caviar.
E, nas ruas o sangue de vítimas inocentes a manchar as ruas.
Embora esteja no meu mundinho,
Sem amigos, sem dinheiro, sem paz muitas vezes,
Crio o meu mundo de letras,
Fantasio, desejo, escrevo.
E, assim, fico menina, num corpo de meio século,
Adoto atitudes que nem sei se me completam,
Contemplo a vida que existe em mim,
E, sigo em frente a cada dia.
Na busca da Ciência ou da poesia,
Faço parte do mundo,
E, me isolo por horas, segundos.
Vivo em particular com meu sangue a pressão aumentar dentro de veias e artérias,
E, controlar isso, só com a Paz.
Paz dentro de mim mesma,
Paz em minha casa,
Paz no meu bairro, cidade, estado e país.
Paz no mundo.
Lutar por justiça sempre,
Sem ser partidária, gente otária,
Pois como o futebol,
Quem ganha são os jogadores,
E, perdedores são os torcedores que se matam sem fundamento.
Isso tudo vem a tona,
E reforma minha vida,
Por isso sou cristalina e escrevo o que penso.
São Paulo, 7 de Março de 2018.
Téka Castro
Aos leitores. Aos espiritualistas. Aos meus familiares.