Falar de melhorias de resultados na atual realidade escolar, é um desafio imenso aos educadores paulistas, onde acredito que numa escola onde apenas o fundamental das séries iniciais atingam mais, pois existe a participação dos pais, mas quando o aluno passa para um outro ciclo, entra na pré adolescência, e se depara com um número muito grande de conhecimentos(disciplinas) em sua vida, sem contar das próprias questões emocionais que o atinge fica mais difícil a questão dos estudos, e portanto das escolas atingirem suas metas de resultados.
Sabemos que é crescente a falta de docentes, num determinado período, a escola em si, são raras as que possuem atrativos melhores para seus educandos, e a união e sinceridade de gestores, funcionários, supervisores, e outros na questão. O ego, embora estejam no mesmo patamar: educação pública, acaba atingindo a todos, dificultando relações, ocorrem fofocas muitas vezes desnessárias, e além disso, a questão do trabalhador da educação, muitos docentes estão ficando doentes, muitas vezes, incapacitados de agir na função de docência, mas sem deixar de serem professores, e alguns muito preocupados com a questão geral da educação em si.
Sabemos que os alunos, são responsabilidade dos pais, que quando muitas vezes vem a escola falar sobre o filho, é sobre a questão das ausências, e que as famílias, estão perdendo a tal bolsa família, e eu observo que muitos desses pais não estão interessados na aprendizagem do filho, se ele está alfabetizado, se está fazendo os cálculos corretamente, se tem conhecimento histórico, está difícil.
Essa semana me deparei com uma das coordenadoras da escola na qual trabalho, aflita com os números de retidos, abandono, do ensino fundamental das séries finais e do ensino médio, eu até brinquei, "você está querendo milagres para a escola; tenho certeza que nós aqui não vamos varrer a sujeira para debaixo do tapete, e dizer o que de fato ocorre, pois muitas escolas mascaram seus resultados, crianças passam sem a aprendizagem apropriada, e a culpa como já citei, não é só do professor, mas do conjunto: pais, gestores, funcionários, profesores e do próprio aluno, que muitas vezes vai a escola, mas para o social, se querer buscar conhecimento."
Hoje vivemos no mundo da informação, existe infinitas a milésimos de segundo e os jovens até buscam essas informações, mas são poucos os que realmente aproveitam.
Eu fico dividida, pois na atuação sou mãe e sou docente, e vejo muitos dos alunos em minha casa, brinco que minha casa, é extensão da escola, e até que deveria ganhar mais por isso, pois tem dias que minha casa mais parece uma sala de aula, com muitos jovens, e eu ouço a conversa, vejo o jeito dos mesmos, e sei que enquanto as famílias não terem união, não cobrarem mais de seus filhos, pararem de dizer que o professor está errado, e observar o filho,as coisas não melhoram; mas também observo que enquanto haver faltas de docentes, seja na saúde, como ocorreu infelizmente comigo, seja por outros motivos,e que os docentes também fossem mais comprometidos realmente os índices melhoriam. Também uma gestão mais unida, falando a mesma língua, tendo reuniões semanais ou quinzenais com todos isso relamente fará ter mudanças.
Outro fato preocupante é a cobrança da diretoria de ensino para cima de algumas escolas, parece que poucos lembram que já passaram pela docência em sala de aula de uma escola pública, dizer eu faço isso ou aquilo, com a juventude atual, é algo complexo, e algo que envolve todos nós: Pais, e toda comunidade escolar.
Tereza Cristina Gonçalves Mendes Castro.
Mãe e Professora titular de cargo da disciplina de Química da EE Prof. Dr. Lauro Pereira Travassos.
Escritora.
São Paulo, 16 de agosto 2017.
Gestão de melhorias
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