Revelo no espelho a dor de meus olhos cansados
O mundo com tanta mudança e eu vivendo no meu mundinho fechado.
Calo diante de tantas ocorrências,
Divergências sombrias que ocultam a veracidade dos fatos.
O tempo que relato pode ser o aqui e agora,
Mas também pode ser infinito para o ontem o para o amanhã.
De repente corro por encalços desavairados e me deixo sucumbir hora qualquer.
Me faço menina, num corpo de meio século, e ainda vivo na ilusão de vidas passadas.
O afastamento do Homem de Deus,
Os complexos meus.
Vazios nossos, e a diversidade vivida atualmente, ainda não compreendi.
Talvez, por que ainda tenha outra vida para vir.
Sim, sou mero acaso do preconceito,
Sofri por décadas o chamado bullying, e sobrevivi.
Hoje as palavras ditas mensuradamente,
Tudo para agredir ao ser humano.
A falta da reciprocidade, a verdade que busco,
Difere de muitos, difere do modismo sexual em que o mundo se encontra.
A ponta do iceberg está aí na frente,
E, a humanidade, prestes a afundar como o Titanic.
Agora o que fazer,
Escrever coisas do tempo,
Mas o momento é de reflexão.
O mundo em atitudes vis que deixam de satisfazer a Deus, para satisfazer o prazer humano.
E, a alma? Compadecida, nas sombras da noite, sofre todo e qualquer açoite para se livrar do mal.
Mas o homem criatura divinal é livre, e subdivide-se em sua hibridez que assusta aos que querem um novo lar.
Amar é fundamental, mas amar fraternalmente, sem hipocrisia,
O homem vive de fantasias subversivas até quando?
SP 19 de Maio de 2017.
Ofereço aos que buscam a si mesmos.