A frieza da vida
De pessoas que me ignoram,
Onde perambulo para lá e para cá.
No frio ando descalço, debaixo do viaduto,
Sou criança, sou adulto,
Como o pão em migalhas.
Faço da rua o capricho de muitos,
E, me ignoram no vazio do mundo.
Sou da sala de aula a incapacidade de lutar com a violência,
A paciência se foi,
E, eu agora caio em devaneios
E, em um anseio justo, só queria passar meu conhecimento.
Mas, lamento não me deixaram, falaram, gravaram,
Me violentaram demais.
Hoje vivo ensinando os fantasmas em hospitais.
Sou transtornado, tenho meus dilemas,
Lavo as mãos toda hora, qual é o problema?
Sou cheio do mundo em que vivo,
Tenho meus sonhos, componho alegria.
As vezes, a música me acalma,
Outras vezes, perdido no vazio d'olhar!
Sou metódico, aparado por lei,
Nem sei como aqui chegei,
Mas vim de algum lugar.
Sou astronauta a vagar no meu mundo da lua
Sem condições da vida incomum.
Sou do mundo inteligente,
Porém abusei de substâncias
E, maltratei meus pais e toda família,
Criei uma linha tênua entre o real e imaginário.
Muitos dizem que sou otário,
Talvez seja demais.
Tirei minha e sua paz,
E, ainda me chamam traficante,
Mas, nos vícios todos somos a cada instante.
Não importa como e a que preço,
A loucura pode está presente em seu cérebro normal,
Quando alguém em devaneio ou cheio de só direitos,
Age com desrespeito com um colega,
Com um familiar,
Somos loucos e aonde queremos vagar?
Sem contar das loucuras religiosas,
Que nos fazem acreditar em uma verdade inconstante,
Distante do elo com Deus,
Do amor ao próximo.
Sou louca por escrever, gritar, compartilhar.
Sou louca por querer a perfeição,
Por simplesmente amar.
Ofereço aos meus imaginários amigos que sempre tive ao meu lado, e no fato real aos que compartilham meus poemas de forma transcendental.
SP 20/6/15 - 6:37h - sábado - manhã friazinha de outono.
Teka Mendes Castro
Enviado por Teka Mendes Castro em 20/06/2015
Alterado em 20/06/2015