Quando
Quando eu cheguei não sabia se venceria
Sufocada pelo cordão umbilical
Tive que me manter forte, perante a sorte que sobrevinha.
O tempo foi passando, saúde eu não tinha.
Aos quatro anos, uma longa cirurgia de 12 horas, a causar inveja ao "Dr House",
E, eu ainda assim, sobrevivi,
Tendo que passar por radiografias inconvenientes dos 4 aos 10 anos, acho que por isso, não gosto muito de coca-cola, tinha que tomar antes do raio X.
Mesmo assim persisti. Estou aqui.
O tempo passou, aos 15 a apêndice interrompeu um ano escolar,
Mas, mesmo assim, agradeço, pois no ano que refiz o 2º ano do Ensino Médio, pude conhecer um maravilhoso professor de matemática: Paulo Sakai, excelente.
A vida me fez aprendiz, quando comecei a escrever, muitos não aceitaram a situação, diziam que não era ganha pão, quase desisti, mas enfrentei a todos, e a tudo, e venci. Até hoje escrever não é meu ganha pão, mas a Construção poética de uma vida.
Quando aqui estou, construo com lágrimas as histórias vividas, vivenciadas, adormecidas, e luto com professora nessa longa jornada em que escrevo, aí sim, é meu ganha pão.
Componho, quando necessito, quando inspirada, quando apaixonada.
Componho, meu ser, meu viver, meu agradecer e tudo que me inspira noite e dia, ou dia e noite.
Até os açoites madrugais que certas lembranças me trazem.
Quando eu ainda crescer serei inspiração doutros e falarão de mim, na literatura desse país.
Teka Mendes Castro
Enviado por Teka Mendes Castro em 08/04/2015