Naquele dia, a dor da cólica ardia em meu ventre.
De repente,a minha melhor amiga,
Traz de tuas mãos a carta de nossa despedida.
As lágrimas que rolaram sem parar,
Na ocasião,chamei e acho que sempre vou chamar de covardia,
Um homem de vinte quatro anos,
Acabar com planos de uma menina de quatorze anos.
Com sonhos, primeiro amor,e nos seus próprios desenganos.
A carta,escrita com tinta vermelha,
Assim,como ficou a minha face,e a coloração de meus olhos.
A esperar pela minha reação,
Você aguardava a resposta levada pela tua sobrinha,minha amiga.
Mas, é assim, é a vida.
Guardo em mim a chama que não se apaga,de nossa amizade.
Tua família, a vida que te levou distante.
Hoje, as lembranças amantes de um tempo que não se apagou,
E,sei,bem sei que lá no fundo o tempo de mim,não te fez esquecer.
Temos hoje cada qual nossas vidas,eu com meu esposo,
E,seu casamento que muito não durou.
Mas,torço por ti,e quero vê-lo feliz.
Somente do passado não sei apagar a cicatriz.
A carta existia até dezoito anos atrás,quando me casei.
Mas,um dia me deu vontade,e eu então,a rasguei.
Assim,como um lindo pôr de Sol,foi nosso amor.
Inesquecível,como chuva de prata, como "Deixar Estar"(Let it Be),
Que nos marcou com aquele beijo, final em teu fusca azul pavão.
O gosto,muitas vezes ainda sinto,
Seu perfume Toque de amor,ainda lembro,
E,termino aqui hoje mais uma carta,onde a vida me ensinou a tentar te esquecer.
Meu adeus,será com todas as letras dos Bee Gees,Beatles,Roberto Carlos - Jovem Guarda, que sei que um dia se lembrará de mim.
Um beijo,e quem sabe um até ....Tua Amiga Tê, como me chamava.
São Paulo,16 de agosto de 2014. 15:43h.
Teka Mendes Castro
Enviado por Teka Mendes Castro em 16/08/2014
Alterado em 16/08/2014