Quando escrevo almejo sonhos
Componho
Refaço no traço da escrita algo d'alma
Escrever muitas vezes me acalma.
Sonho em realizar algo a mais.
Nas palavras proféticas, poéticas desejo paz.
Busco no silêncio pascoal uma fonte de inspiração.
Lá fora o grito agitado das crianças
Uma esperança renascida após um almoço.
Agradeço a felicidade.
Mas, é o primeiro ano que na mesa falta alguém
Embora não fosse uma filha de amor filial,
A ausência de meu pai é sofrida, sentida, e comentada.
Sou assim, alguém que diz a verdade ao escrever,
Demonstra em pequena inspiração, o que vai no coração.
Sinto falta, é difícil explicar a dor.
Mas, componho aqui o amor pós mortis.
Sou um ser indecifrável,
Muitas vezes sem amigos por perto,
Mas de certo, alguns se foram,
Outros por veredas mil,
Caminharam nesse nosso Brasil.
Outros, por encruzilhadas encontramos pelo caminho.
Coisas do destino, coisas de Deus.
A inspiração que me aproxima dos fãs, dos leitores, dos críticos,
De mim mesma.
A inspiração que me dedica o sonho de Deus
Nos planos meus.

In memorian: Ao meu pai Francisco da Silva Mendes, e ao meu filho Gabriel Gonçalves Mendes castro