Atualmente observo alguns alunos cadeirantes na escola que trabalho.
Compartilho de uma notável força que a cada dia espalham no ar.
A força e a vontade de conviver em outra sociedade, de estudar, de buscar atitudes,
Me faz entender um pouco por tudo que já passei.
Bem sei, que reclamo a toa.
Tento mudar isso, e por isso mantenho muitas vezes uma aparência fragilizada, debilitada, mas ao observar, pessoas diferentes, sacudo a poeira e dou a volta por cima.
Sou como uma menina que a cada dia aprende em um mundo cor de rosa,
Procuro ter compaixão de mim e me transformo devítima a vilã,
Sou um complexo de mudanças, que observadas ao fundo, bem ao fundo, também me faz diferente geneticamente,...esta tal Translocação Robertsoniana do Cromossomo 13, que ninguém ainda investigou.
Será que Deus me usou para alguma mudança no mundo?
Possuo pernas, braços, olhares, mas dentro de mim algo diferente existe e compartilhei aos meus entes,
Meus filhos, possuem a mesma característica, e eu ainda não sei o que causa.
Talvez, minhas atitudes de comportamento, mudando a todo momento, me torne única e especial.
Sou diferente, sim e isso para mim é normal.
São Paulo 22 de Novembro de 2010 - Manuscrito às 11:08 h.
Para a Deputada Mara Gabrilli, e in memorian Gabriel Castro, foto acima.
Teka Castro, escritora e mãe do Gabi, da Alexia(gêmea do Gabi), Emmanuel e Anna Clara, que também possuem geneticamente a mesma translocação. E, também a doutora Mirlene Cernachi( Genetiscista ).
Teka Mendes Castro
Enviado por Teka Mendes Castro em 11/02/2013