Outro dia te vi.
Por acaso numa feira
Você não me reconheceu, mas eu sim.
Trinta anos se passaram desde o nosso adeus.
Nos falamos poucos, sobre meus filhos e os teus.
Mas, nossos olhos evitaram se olhar de verdade.
Meu coração disparou, e eu nem sei se o teu reparou em mim.
Os meus desejos de um dia te encontrar,
Foram marcados de forma especial.
Talvez, um dia, quem sabe possamos nos falar,
E, eu enterrar de vez este amor-louco-amor, que sinto.
Que desejei desde os quatorze anos.
Mas, que não me arrependo de ter vivido,
Sofrido, morrido muitas vezes.
Não sei como você está, mas fisicamente para alguém com 55 anos,
Você está um garotão.
Foi o que presenciei naquele dia 22 de setembro.
Hoje só posso dizer outra vez adeus.
Sei que para você aquela menininha de quatorze anos,
Não teve importância em tua vida,
Mas na minha infância, tanto você quanto alguns familiares teus,
Fizeram parte de minha história.
A ti, meu amigo Beto, desejo com afeto, toda vitória.
Muita paz e carinho.
Seguiremos por caminhos diferentes,
Mas, quem sabe um dia nos reencontraremos num repente.