Carta de despedida
Caro amigo,
Saudações e ensejos de saúde e paz.
Trago nessa a mensagem de que quando partir, não chore por mim,
mas reflita em meus ensaios poéticos, antes mais proféticos do que os atuais.
Sempre fui muito só, embora rodeada de gente, as vezes, gente que dá dó.
Sei que sou difícil de conquistar, de falar, mas ao escrever, escrevo meu desejo mais sublime, mais inconsciente, talvez aquele que esteja presente só em meus sonhos.
Componho um mundo único, quero abrigo, e o meu castigo é ficar na berlinda.Ainda, que a vida exija de mim outros afazeres, eu me sinto melhor com a escrita.
Coisas da vida, caro amigo.
Queria ser outra vez criança, manter em mim aquela esperança que se submeteu ao longo da estrada, a sete palmos da terra.
Queria reconstruir meu viver, e por mais que veja outros a sofrer, não entendo por que não compartilho amigos.
Talvez seja eu, um castigo dos céus?!!!
Embora a escrita me aproxime de grandes escritores, sonhadores, eu me afasto do meu mundo real.
Às vezes, queria ser como os romancistas antigos, me embriagar de um amor maior.
Me embebedar de cianoreto, e dizer adeus.
Mas, em meu eu espiritual, não posso dar fim ao meu corpo, a alma estará sofrida.
Então, retorno em minha vida, os sonhos que componho, e me exponho como antes.
Mesmo distante de todos, sou única no mundo.
Sou especial, e bem comigo mesma, afinal eu me amo, embora muitos possam não concordar com isso.
Mas, meu amigo mais sincero, e muitas vezes eu ainda brigo com ele é o próprio Cristo.
Amigo, desculpa a sinceridade, a minha verdade é essa.
Quero ser sincera comigo mesma.
Fica aqui meu adeus, e saiba se eu partir, me deixe florir no mar. Quero lá no ventre da Terra retornar.
Obrigada, por me deixar escrever e ser feliz, por isso, posso aqui compartilhar, a minha maneira de amar.
Teka Castro
Teka Mendes Castro
Enviado por Teka Mendes Castro em 14/08/2012