A alquimia da vida presentes em meus atos.
"Deus tudo perdoa, o homem pode até perdoar. Mas, a mãe Natureza, jamais perdoará o que fizermos."
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Poesias, assim como crianças são dádivas de Deus.
As fases da morte em minha vida

A morte chegou em minha vida aos três meses gestacionais
Queria comer, mas meus pais com fome me deixaram passar,
Coisas que eu sei explicar, mas é longa a história.
Quando vim ao mundo envolta o cordão umbilical,
Roxa, sem vida quase, fiquei num balão de oxigênio.
Temendo por minha partida,
A oraçao de minha mãe foi atendida..
Passei quatro anos sem ser uma criança normal,
Brincava, mas de repente algo anormal acontecia.
Tremia febril, quase 40 º graus celsius,
E, também não morria.
Aos médicos e hospitais da época percorria,
Ninguém sabia o que tinha...
Um dia, ao Centro Espiríta da Dona Eunice,
Minha mãe me levou,
E, lá os médicos espirituais mandaram minha mãe 
Ao médico retornar,
Com quatro anos já estava,
E, de uma forma muito peculiar,
Um doutor ao me examinar, solicitou exames dos rins.
Enfim, aos quatro anos, fiz uma cirurgia de 12 horas.
Passei longas e longas horas papeando com os anjos,
Mas, tive que retornar.
Oxalá! Por quê???
Só nasci para sofrer e aos outros ofertar sofrimento,
Sem contar, que com quinze anos,
Uma outra cirurgia de apendicite emergencial,
Teve que ser feita no Hospital Santa Marta.
O doutor Hélio, olhos azuis, me disse no dia:
-É, menina, por mais uma hora você não estaria aqui.
Por quê eu não parti???
Os anos passaram, namorei, me formei em Química,
Mas, o sonho de estudar cardiologia ainda está presente.
Tive filhos, e a primeira gestação abortei, matei, mesmo que
Espontaneamente um ser.
Era para eu também morrer!!!
Tive outra gestação: Gemelar,
A Alexia e o Gabi, vieram adiantados.
Tive pré-eclâmpsia,
Eles ficaram entre 17 dias a 47 dias no hospital Santa Joana.
No dia que o Gabi veio para casa, 12 de fevereiro de 1999,
Um amigo nosso, brincou de roleta russa,
E, se foi. Meu triste adeus a Olivier.
Voltando a falar das fases da morte,
O Gabi com 1 ano e nove meses fez um cateterismo,
Ficou especial.
E, quando fez um ano, um mês e um dia,
Desse cateterismo, ele foi chamado por Deus.
Não entendo, o por que matei mais um filho???
Como matei, talvez não cuidei dele o suficiente,
Talvez era para eu ter ido em seu lugar?
Mas, Deus não me quer por lá??
Será que sou tão ruim assim???
A morte sempre me sonda mas leva alguém especial,
E, eu fico num conflito que jamais vou entender,
Por mais que seja pós-graduada, irei eu compreender
Os desígnios de Deus e da morte?!!!!
Mas, morro em vida todos os dias,
Em especial, devido minha família.
Me pergunto todos os dias,
Será que meus pais me queriam???
Meus familiares, alguns dizem que sou insuportável,
Outros acham que não cresci...
Mas, me arrependo de está aqui.
Já tentei tirar minha vida,
Sou meia suicida, sim.
Mas, tem um anjo, que não me deixa por fim acabar com 
Este corpo debilitado desde criança.
Antes magérrima,
Hoje com quase 70 kilogramas de massa corpórea.
Mas, queria ter outra aurora,
Queria está nos verdes campos
Onde Cristo, e a morte estão a pastorar.
Enfim, um dia partirei,
Não deixarei bens terrenos para meus filhos, 
Mas deixarei aqui um pedido,
Amem e respeitem toda Criação divina,
O ser humano, pode também ser respeitado,
Mas cuidado, é a pior criatura.
Cuide da água, dos rios, do ar, das árvores,
E, em cada flor que observar,
Principalmente o cactos,
Lembre-se dessa que passou pela Terra.
E, se foi....
Adeus, filhos meus!!!!
Desculpe-me não ter sido uma boa mãe.
Também não tive que me ensinasse o suficiente.
Nesses 45 anos, só ouvi reclamação.
Então, de novo, questiono,
Por que não parti tenramente, como filho Gabi???




Afereço a Dona Eunice(In Memorian), Doutores: Renato e Labibi,
In memorian: Gabriel e Ariel Castro e  Olivier
Aos meus filhos:
Alexia Cristina, Emmanuel, e Anna Clara.
Aos meus familiares, em especial aos que já partiram.
Aos meus alunos com carinho.


 
Teka Castro
Enviado por Teka Castro em 24/07/2012
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