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A alquimia da vida presentes em meus atos.
"Deus tudo perdoa, o homem pode até perdoar. Mas, a mãe Natureza, jamais perdoará o que fizermos."
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Poesias, assim como crianças são dádivas de Deus.
Dores de Maria
     Maria sofreu, quando seu único filho foi morto,exposto ao Calvário. O coração de mãe dilacerado. Mas, Cristo, disse a João:
    _Eis aí, sua Mãe!!!
    E, a Maria:
    _Eis aí, seu filho!!!
    Antes de partir aos céus. Após três horas de sofrimento.

    Hoje, Maria está nas favelas(comunidades) de São Paulo, nos morros do Rio de Janeiro, ou na zona sul do Rio, ou nos casarões de Sampa.
     Não importa as classes sociais, Maria, está em qualquer canto, pode ser branca, negra, amarela, não importa a raça.
    E, seus filhos, não estão no calvário pregados como o Cristo, mas estão nas raves, nos cantos da grande cidade, na procura da felicidade, que mesmo errada, pode ser procurada no crime, no matar por matar e as Marias é que são crucificadas.
    Vendo uma cena da novela Mutantes, Caminho do Coração, vendo e ouvindo a personagem Júlia, com a grande atriz Ítala Nandi, onde sua fala sobre os seres humanos, sobre a questão dos filhos matando pais e pais matando filhos, ás vezes, muitas vezes antes de sairem do útero; me fez refletir...
    Maria Auxiliadora, moradora da zona sul, da capital paulistana, de uma das maiores favelas: Paraisópolis se viu a chorar.
    Refletiu sobre seu passado, sua adolescência no meio das drogas, a violência doméstica, aos maltratos de seu padrasto, aos prazeres de seus companheiros, do primeiro ficante.
    Quando de repente, as lágrimas caem sem controle.
    Pensou naquele filho que esperava.
    Na morte antecipada por substâncias adquiridas por uma vizinha enfermeira que trouxe do hospital clandestinamente.
    Ao tomar aquela substância, a dor que dilacerou seu ventre, e a criança,feto ainda, desceu pela sua vagina, sangramento que quase ocasionou sua morte também.
    Maria Auxiliadora, que aos quartorze anos, se tornou assassina, ainda tão menina, devido um amor bandido, um amor perdido, uma paixão de menina.
    Lembrou que hoje, seu primeiro filho poderia está com 12 anos; como seria? Ele sofreu como Cristo, antes mesmo de vir ao mundo.
    Maria Auxiliadora, sofreu muito após este acontecimento.
    Teve outros parceiros. Aos dezoito, seu mais velho, aos 20 outro, mais um e assim se foi...
    Com vinte seis anos, Maria estava com 5 filhos, todos de homens diferentes que lhe prometiam muito com blá,blá, blá...Porém, ao verem-na grávida, sumiram, deixando-a para lá.
    Agora, Maria estava disposta a não ter mais nada, se dedicar aquelas crianças.
    Maria, que já tinha crucificado seu primeiro filho, num aborto dolorido, hoje sacrificava seus 5 filhos, naquele lugar, até fome muitas vezes vinha passar.
    Maria buscava a DEUS em várias igrejas que haviam na Comunidade.
Muitas só pediram seu dinheiro, e não auxiliavam em nada. Outras, as senhoras não conheciam:
   "-Quem não tem pecado que atire a primeira pedra." Palavras da pregação do Nosso Senhor Jesus Cristo.
    Até que Maria estava passando em frente a uma igreja, que por sinal, a padroeira, tinha o mesmo nome: Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora.
    Maria, ouviu uns cânticos, umas senhoras na porta que a convidaram para entrar.
    Maria, envergonhada entrou, sentou-se no último banco e a cada cântico, daquela tarde de louvor, chorou. Ao sair da igreja, estava aliviada. decidiu que voltaria com seus filhos.
    Voltou no domingo, no momento da Missa, Maria Auxiliadora, quis participar daquela comunidade.
    Percebeu que ali ninguém a condenava pelos seus erros.
    Conversou com o Pároco, este a instruiu a buscar o Evangelho, e ela, admitiu que gostaria de aprender mais.
    Maria Auxiliadora, auxiliada por uma Força Maior, começou a trabalhar, a se dedicar melhor aos seus filhos, a trabalhar voluntariamente na igreja, falando com adolescentes, para que elas se guardassem mais e se sentiu em paz.
    Suas dores foram acabando, e ela agradeceu aquela Senhora, sua xará, de toda renovação em sua vida.
    Maria, não tinha mais medo de viver, e aos vinte seis anos, com 5 filhos, estava a construir um novo horizonte em sua vida.
    Aprendendo que nas diversidades podemos ter a PAZ tão almejada em nossos corações.

SP 21/02/2009. 10:40H - Manuscrito.

Dedico a todos que passaram em minha vida, e em especial a DEUS, pela inspiração.
    
Teka Mendes Castro
Enviado por Teka Mendes Castro em 30/12/2010
Alterado em 13/05/2024
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